Destaque do São Paulo desde que Paulo César Carpegiani assumiu o comando, Dagoberto é o principal reforço da equipe tricolor para o duelo desta quinta-feira com o Atlético-PR, às 21h, na Arena Barueri. O camisa 25 busca o seu primeiro gol contra o seu ex-time, sendo que esse será o terceiro encontro em mais de três anos.
Dagoberto não enfrentou o Ceará no último domingo porque utilizou um remédio para dor de cabeça, cuja composição apresenta uma substância proibida no antidoping. Apesar de não ter consultado o departamento médico antes de ingerir o medicamento, o atacante de 27 anos não sofreu qualquer tipo de punição da diretoria e comissão técnica.
Por isso, retorna na 32ª rodada do Brasileirão, justamente diante do clube que o revelou e de onde saiu após uma disputa judicial. Nesta semana, preferiu adotar o silêncio e não concedeu entrevista coletiva no CT da Barra Funda. Optou por se resguardar e atendeu apenas a pedidos via assessoria de imprensa.
Desde abril de 2007 no futebol paulista, Dagoberto sequer completou 90 minutos em partidas contra o Atlético-PR. Esteve em campo apenas duas vezes diante do rival rubro-negro – no período, ocorreram nove confrontos entre os dois times.
Os motivos são diversos. Em dezembro de 2007, foi preservado por Muricy Ramalho para não sofrer com a hostilidade dos torcedores na Arena da Baixada. Em outros duelos pelo Brasileiro, foi poupado por Muricy e Ricardo Gomes porque a prioridade era a Copa Libertadores.
Em agosto, pelo primeiro turno do Nacional, viveu o seu pior momento no clube. Acabou como bode expiatório no elenco após a eliminação na Libertadores. Foi afastado e não viajou a Curitiba, dois dias depois do adeus ao torneio continental. A versão oficial é que mais uma vez ele seria preservado da fúria dos atleticanos, porém nos bastidores dirigentes o queriam longe do Morumbi. Tanto é que foi pouco aproveitado pelo ex-técnico interino Sérgio Baresi.
O atacante ressurgiu sob o comando de Carpegiani. Marcou um gol contra o Vitória e dois contra o Santos neste mês e voltou a desfrutar dos holofotes e do carinho da torcida.
“Quando o coloquei no primeiro jogo, conversamos, ele teve a confiança necessária e voltou a se apresentar bem. Ganhou sequência no time, uma necessidade pelo que rendeu, uma coerência minha para tentar manter o que era correto”, argumentou o treinador, dando respaldo ao bom momento vivido pelo jogador em campo.
Dagoberto participou do triunfo por 2 a 0 sobre o Atlético em agosto de 2007, em casa, e da derrota por 1 a 0 em agosto do ano passado, na Arena da Baixada. Por coincidência, em ambos os jogos foi titular e acabou substituído por Hugo.
Por meio da assessoria do clube, falou sobre o reencontro. “O sentimento é por eu ter jogado lá, só que é mais um jogo, mais uma história aqui pelo São Paulo. A minha motivação está em jogar no São Paulo. Já se passaram quatro anos que saí de lá.”
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